Temos ouvido todos os dias que a crise da Esquerda é estrutural, que é uma tendência internacional e que não tem que ver com líderes ou circunstâncias locais. É verdade. Não será, de facto, uma crisezinha de trazer por casa e há muitos sinais de que a realidade portuguesa tende a acompanhar as dinâmicas europeias, onde os partidos de Esquerda têm tido dificuldades em afirmar-se como alternativa. Acontece que, ao contrário do que costuma ser dito, não considero que isso seja apenas culpa da Esquerda, por ser incapaz de chamar para si a representação dos desamparados do Estado social. A causa é multifatorial e muito mais profunda do que eventuais erros de estratégia eleitoral ou da falta de líderes carismáticos.
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